TIPOS DE BRINCADEIRAS E COMO AJUDAR A CRIANÇA BRINCAR
As crianças precisam atravessar diversos estágios no aprendizado de brincar em conjunto, antes de serem capazes de aproveitar as brincadeiras de grupo. Mesmo depois que ela ganhou confiança em brincar com outras crianças ela gostará, às vezes, de voltar a brincar sozinha ou apenas na presença de amigos, sem colaboração de alguma parte.
Podemos identificar diferentes tipos de brincadeiras sob o ponto de vista da participação social, cada um deles implicando num maior envolvimento entre as crianças e uma maior capacidade de se relacionar e se comunicar com os outros.
Brincadeiras solitárias
Brincar pode prender totalmente a atenção da criança. Há muito que explorar no mundo: forma, textura (áspero, liso, escorregadio) consistência (duro, macio) cor, gosto. Tudo deve ser explorado, sentido, cheirado, experimentado. No início do brincar, significa isso, e a presença de outra criança não oferece nenhum interesse. Absorvido nas próprias atividades, separado de outras crianças, brinca com coisas diferentes. Freqüentemente silenciosamente, às vezes fala consigo mesmo.
Brincadeiras em paralelo... Brincar na presença do outro
Antes de mostrar interesse nas brincadeiras de outras crianças, a criança que está brincando sozinha vai querer passar boa parte do tempo brincando ao lado de seus novos amiguinhos, sem fazer esforço para estabelecer contato. Contentar-se-á em brincar ao lado de outras crianças, “em paralelo” e se absorverá na sua própria atividade. No máximo defenderá seus brinquedos. A fala não é geralmente dirigida a ninguém em particular. Até é possível que as crianças brinquem em silêncio.
Observar brincadeiras
Uma modificação muito grande acontece quando a criança passa a mostrar interesse nas atividades de outras crianças. No início, tal interesse parecerá bastante passivo, e bom espaço de tempo será gasto, simplesmente, na observação das brincadeiras. Pode-se notar, porém, que esse comportamento será bem diferente de uma olhada sem compromisso, pois a criança estará obviamente envolvida, muito absorvida em sua observação. Não há conversas entre eles.
Juntar se à brincadeira... Brincar com os outros do próprio grupo.
Os primeiros movimentos em direção a juntar-se às brincadeiras de um grupo podem tanto se tranqüilos quanto tempestuosos; isto depende do grupo em questão e da criança que pretende juntar-se. Seja como for, os relacionamentos no interior do grupo tendem a se formar rapidamente, talvez cessar com a mesma rapidez e, freqüentemente, se refazer minutos depois.
Existem dois tipos característicos de brincadeiras nessa fase:
O primeiro envolve fazer o que todos estão fazendo, apenas para não ser diferente, ou talvez como um meio de tornar-se um membro do grupo. É o que pode acontecer, por exemplo, quando um pequeno grupo de crianças está correndo juntas, gritando qualquer coisa.
O segundo surge quando membros do grupo estão engajados numa mesma atividade, como, por exemplo, desenhando ou montando um quebra-cabeça em volta de uma mesa, tendo, porém, como principal interesse conversar entre si.
O assunto da conversa pode afastar-se completamente da atividade que esteja sendo desenvolvida e incluir a troca de informações sobre os pais, os acontecimentos especiais como aniversários e passeios. A atividade em si pode ser mencionada na conversa, mas outra vez ocorrerá em uma situação mais ampla, relacionada com o que as crianças gostam ou não gostam, ou sobre o que cada uma está fazendo.
Brincadeiras Cooperativas
Em algum momento, o interesse do grupo se desvia da troca de idéias para o jogo no qual está envolvido. Na brincadeira cooperativa, é muito importante pertencer ao grupo. A criança tem um lugar definido, bastante diferente daquele decorrente da atividade individual que caracteriza as brincadeiras solitárias ou em paralelo e, diferente até, da simples socialização peculiar ao processo de se juntar a um grupo. (Cooperação simples).Brincadeiras cooperativas podem constituir, simplesmente, a atividade conjunta de montar objetos com peças de encaixe, ou fazer castelos de areia. A criança toma parte em atividades compartilhadas, fazendo as mesmas coisas, divide brinquedos, espera a sua vez, trabalha com os outros. A conversa é principalmente em torno da própria atividade.Como podemos ajudar a criança brincar
À medida que a criança cresce ela vai aprendendo várias brincadeiras, começa a gostar de brincar com outras crianças, e não perde a necessidade e nem o interesse como fazia nos estágios anteriores.
A melhor maneira de a criança aprender a brincar é respeitarmos seu próprio ritmo, ajudá-la e encorajá-la, se necessário. Se a criança possui oportunidade de brincar com outras crianças da mesma idade, a maioria delas aprende; antes do cinco anos, saberá dividir, compartilhar e conviver bem em grupos. Devemos proporcionar à criança muitas oportunidades de atravessar os diversos estágios de aprendizado. Além disso, é importante se ter idéia do que fazer durante as atividades das crianças, para tornar as coisas mais fáceis para todas elas.
Os adultos podem, dessa maneira, cumprir várias funções:
•Dar apoio;
•Escolher o momento certo para ajudar a criança a se retirar da brincadeira, quando sentir que ela está insegura.
•Assegurar sempre que a criança esteja pronta para novas experiências, deixando que ela se manifeste.
•Dar idéias: sugerir novas atividades, e estar sempre preparado a ter idéias rejeitadas, quando as crianças ficarem determinadas e seguirem outro rumo.
•Estimular conversas: às vezes a conversa decorre naturalmente da brincadeira, desviando a atenção da criança do aqui e agora.
•Dar conselhos: julgar cuidadosamente quando a criança será capaz de aprender com a experiência, ou se é melhor intervir.
•Atuar como juiz: avaliar situações intervir, para resolver atritos ou evitá-los.
•Tomar parte na brincadeira: aceitar qualquer papel que lhe seja atribuído.
•Ajudar uma criança em dificuldades quando alguma tarefa está além das suas capacidades.
Nunca devemos esquecer que brincar é altamente importante na vida da criança, primeiro por ser uma atividade na qual ela já se interessa naturalmente e, segundo, porque desenvolve suas percepções, sua inteligência, suas tendências à experimentação, seus instintos sociais.
Sejam bem vindo !
A intensão deste blog é sugerir atividades lúdicas, para que possa auxiliar os futuros/atuais pedagogos a elaboração de brincadeiras, e através destas brincadeiras estar desenvolvendo nas crianças o prazer de aprender brincando.
Você encontrará sugestões de brinquedos e brincadeiras de acordo com a idade da criança, fazendo perceber que o desempenho da criança depende não somente da sua idade cronológica, mas também da estimulação que recebe.
Destacando sempre qual a importância do ato de brincar, pois brincar não significa apenas recrear, é muito mais, pois é uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo.
Onde encontrará sugestões de bibliografias com o intuito de contribuir e facilitar pesquisas mais ampla para nossos visitantes. Aceitando também sugestões para nosso blog.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Como a brincadeira pode intervir auxiliando o processo de aprendizagem?
Entre os brinquedos mais recomendados para a criança de 2 a 3 anos estão aqueles blocos e cubos cheios de peças, que servem para montar e desmontar o que se desejar. Pode ser uma casinha, uma pirâmide, um trenzinho. Ao empilhar ou unir as peças, a criança está treinando seu equilíbrio e sua coordenação motora. Imagine o quanto ela se desenvolve quando se esforça para colocar o último degrau da escada em seu devido lugar. A qualquer descuido, tudo pode vir abaixo. No princípio, isso pode frustrá-lo, mas o pequeno com certeza vai insistir e recomeçar da base, até que consiga finalizar sua obra. Dessa maneira, ele aprende também a ser perseverante e adquire noções de espaço. A criança também aprende que um passo à frente ou um esbarrão na pirâmide pode colocar seu brinquedo no chão. As brincadeiras têm muitas vantagens: Contribuem para a socialização. Ajudam a descarregar tensões e a diminuir a ansiedade. Desenvolvem o intelecto e contribuem para consolidar o aprendizado. Permitem que a criança desenvolva noções de espaço e execute suas primeiras tentativas de organização do mundo. Aprimoram a linguagem e as habilidades motoras. Ensinam a valorizar a perseverança. Permitem identificar cores, pois é nessa fase que a criança está aprendendo a nomeá-las.
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